segunda-feira, 29 de junho de 2015

Análise tática: Verdão atropela o Tricolor e goleia

Análise tática: Verdão atropela o Tricolor e goleia

Os méritos no 4 a 0 palmeirense que levaram à vitória do Verdão e os erros do tricolor que culminaram no vexame 


O São Paulo começou melhor o jogo armado em um 4-1-4-1 (figura baixo), que parece ser o esquema preferido de Osório e apostando nas jogadas pelas laterais. Alexandre Pato chegou a acertar uma bola na trave em um chute de fora da área e Michel Bastos também teve uma oportunidade de finalizar, mas mandou longe do gol. Apesar da boa participação da dupla, a jogada pelos lados se restringia aos dois jogadores, já que Carlinhos e principalmente Bruno se preocupavam mais com a marcação de Dudu e Rafael Marques e pouco subiam ao ataque.

O Palmeiras se defendia armado em um 4-1-3-2 muito semelhante ao utilizado pela Seleção Brasileira no primeiro tempo da derrota frente ao Paraguai. O esquema encaixotava Paulo Henrique Ganso entre os volantes palmeirenses, fazendo com que o tricolor optasse por jogadas individuas pelas beiradas.

São Paulo começou bem o jogo criando oportunidades pelas laterais do campo. Ganso sumido

domingo, 28 de junho de 2015

Análise Tática: Mais um vexame amarelo

Análise Tática: Mais um vexame amarelo

O Brasil teve uma mão na vaga e outra na bola. Quem são os culpados?


Quatro anos depois e o filme se repetiu. Brasil, Paraguai, quartas de final e pênaltis, combinação que mais uma vez deixou a Seleção Brasileira de fora da Copa América em uma partida com diversos ingredientes e distintos panoramas. O time de Dunga começou o jogo com um claro problema na saída de bola, mas o treinador modificou a equipe em campo e parecia que o Brasil passaria por uma partida sem grande sufoco. O Paraguai tinha muita dificuldade para criar, mas o nervosismo do, até outro dia, "melhor zagueiro do mundo", permitiu o empate paraguaio que, nos pênaltis, mandou os brasileiros de volta pra casa. Agora, os culpados tem que ser identificados.

O início de jogo foi problemático. Dunga optou por armar a equipe em um 4-2-2-2 (figura abaixo) apostando na saída de bola com os laterais, e cobertura dos volantes Fernandinho pela esquerda e Elias pela direita. A estratégia não funcionou porque o Paraguai, armado em um 4-4-1-1 bloqueava bem a saída pelos lados do campo e o Brasil sofria sem um jogador centralizado para armar o time, sendo obrigado a dar chutões da defesa.


Brasil encaixotado e Paraguai no campo defensivo. Esquema durou apenas 13 minutos.

sábado, 27 de junho de 2015

O que acontece no DM e preparação física do Palmeiras?

O que acontece no DM e preparação física do Palmeiras?

Neste ano, de 35 jogadores do elenco, apenas 12 não sofreram com problemas físicos. Valdivia e outros atletas simbolizam problema alviverde


Na ultima quinta feira (25) foi anunciado que Alecsandro, atacante do Palmeiras, tem uma contusão na coxa esquerda, mais especificamente no músculo reto femoral, e deverá desfalcar o Verdão por pelo menos 40 dias. As vésperas do clássico contra o São Paulo, a notícia da lesão do jogador recém chegado ao clube, representa não só mais um problema para Marcelo Oliveira escalar a equipe, como também uma constante no departamento médico palmeirense.

Nesta temporada, de todos os 35 jogadores do elenco profissional, citados no próprio site oficial do clube, apenas 12 não desfalcaram o time devido a contusões musculares ou problemas físicos. Os sortudos são os goleiros Fernando Prass, Aranha, Jaílson, Fábio e Vinícius, o zagueiro Nathan, o lateral João Pedro, os volantes Andrei Girotto e Gabriel e os atacantes Ryder, Gabriel Jesus e Dudu.

Destes, apenas Prass, Egídio, Gabriel e Dudu são considerados titulares. Se levarmos em conta apenas os jogadores de linha, a situação fica ainda pior: apenas 7 de 30 atletas não se machucaram. O próprio Alecsandro, recém chegado ao clube, só ficou de fora de um jogo neste ano por conta de cansaço muscular, na metade de fevereiro, quando ainda estava no Flamengo.

Alguns casos são emblemáticos no clube. O mais visado e frequente, com certeza é do camisa 10 Valdivia. Anunciado recentemente pelo Al Wahda, o meia voltou para o Verdão em 2010 e desde sua chegada não entrou em campo 132 vezes por problemas físicos, o que representa quase 40% dos jogos disputados pela equipe. Foram 19 lesões e 17 gols nesta segunda passagem pelo clube.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Neymar está de férias!

CBF não recorre de sua punição e jogador opta por deixar a delegação brasileira no Chile. O que isso pode indicar?


Neymar não estará mais com a Seleção Brasileira nessa Copa América. A decisão se deu por conta da punição sofrida pelo craque logo após o jogo contra a Colômbia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. Na ocasião, o camisa 10 tomou o segundo cartão amarelo em dois jogos e depois foi expulso após o apito final por confusão com Armero, Murillo e Bacca, incidente que resultou no julgamento do craque que acabou punido por quatro partidas. A princípio, o pensamento era de que a CBF recorreria da punição, o que acabou não acontecendo e o jogador não participará mais da competição.

Neymar se envolveu em confusão com Zuñiga, Bacca e Murillo

Hoje(22), ao deixar o hotel onde estava concentrada a seleção, Neymar concedeu entrevistas aos jornalistas que estavam no local e perguntado sobre sua decisão, disse "É complicado um cara treinar sem ser para alguma coisa. Todos que estão aqui estão treinando para jogar, em busca do título, como eu vinha treinando. A Copa América para mim acabou e não tinha porque eu estar aqui." Ao ver essa declaração, de cara me espantei com as palavras do atacante, mas será que deveria mesmo?

Comecemos pela primeira frase, "é complicado treinar sem ser para alguma coisa". No meu entender já era consenso de todos, exatamente pelo discurso exaustivamente repetido, que "o que importa é preparar o time para a Copa do Mundo em 2018". Pois bem, se esse é justamente o objetivo, porque desperdiçar o que poderiam ser duas semanas de treinos no caso de o Brasil chegar até a final?

domingo, 21 de junho de 2015

Análise tática: Santos vence o Corinthians 

Em dia de homenagem à Zito, Peixe domina o primeiro tempo e abre o placar. Na segunda etapa, uma expulsão para cada lado e pressão do Timão


O Santos venceu o Corinthians por 1 a 0 na Vila Belmiro em um clássico de dois tempos bastante diferentes. No primeiro tempo, poucas chances para ambos os lados e um jogo com muita marcação, já na segunda etapa, os dois times ficaram com 10 jogadores e o Timão foi pra cima, enquanto o Peixe, que homenageou o ídolo Zito que entre 1952 e 1968 nunca perdeu para o time de Parque São Jorge, apostou nos contra ataques.

Os primeiros 45 minutos, apesar de pouca criação, tiveram um domínio santista que não tinha seus dois principais jogadores, Robinho e Lucas Lima. Mesmo assim, a equipe da casa não se intimidou e armada em um 4-2-3-1(figura abaixo) tentou propor o jogo desde o início, abrindo o placar logo aos 9 minutos com Ricardo Oliveira em ótima enfiada do volante Rafael Longuine. Não demorou para o Santos ampliar com Geuvânio, mas o camisa 11 estava impedido e o gol foi bem anulado.

Santos atacando armado no 4-2-3-1 e com boa chegada de Longuine à frente

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A paixão pela amarelinha e os torcedores mirins


Uma das primeiras lembranças que tenho de minha infância, certamente a primeira relacionada a futebol, data de quando tinha apenas oito anos: 30 de Junho de 2002. Estava com meus pais e meus tios em casa e posso ser preciso nos números graças ao que esta data representou. Foi nesse dia, no Estádio Internacional de Yokohama, que o Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0 e se sagrou penta campeão mundial.

Aquela foi a primeira e única Copa sediada no continente asiático e aconteceu na Coréia do Sul e Japão. Foi também a minha primeira Copa como torcedor e com os olhos vidrados na TV. Não vou mentir e dizer que me lembro do decorrer do jogo decisivo, mas minha memória passa por dois momentos cruciais: os gols e a comemoração final.

Lembro-me dos dois tentos marcados pelo Brasil, em especial do primeiro, em que Ronaldo pega o rebote de Oliver Kahn no chute de Rivaldo. Lembro de ter ficado chateado durante algum tempo por saber que o alemão havia vencido o prêmio de melhor jogador da Copa, mesmo antes de a final acontecer. Depois do apito do juiz, a festa foi enorme, muito por conta da decepção e sofrimento que 98 representou para os brasileiros e pela forma como a Seleção conseguiu a classificação para o Mundial na ultima rodada das Eliminatórias, vencendo a Venezuela.

No meio de toda a alegria daquele povo e depois de ser jogado para o alto diversas vezes, recordo-me de um pensamento que passou por minha cabeça: “É claro que ganhamos, Deus não permitiria que fôssemos derrotados”. Evidente que aquela altura eu não tinha base para crença religiosa de tipo algum, mas por mais absurdo que aquela afirmação possa soar, à época ela fez todo o sentido.

domingo, 14 de junho de 2015

Dois times diferentes: Palmeiras vence o Fluminense

Alviverde joga muito mal na primeira etapa, mas sufoca o Flu no segundo tempo e consegue a vitória. O que mudou no intervalo? Arrancada vem aí?


Foi no sufoco, mas o Palmeiras derrotou o Fluminense de virada no Allianz Parque pelo placar de 2 a 1. O público de mais de 26 mil pagantes pôde ver duas equipes diferentes vestindo a camisa verde: no primeiro tempo, um time que errou muitos passes e sofria com a velocidade dos garotos de Xerém Vinicius e Gérson, já na segunda etapa, um time que sufocou o Tricolor das Laranjeiras e poderia ter feito ainda mais gols.

Mas como se deu tamanha mudança na atuação da equipe entre um tempo e outro? Para começar, o fato de o Palmeiras jogar com um a mais desde a expulsão de Magno Alves, corretíssima já que o veterano agrediu o volante Gabriel, aos 15 minutos do segundo tempo, explica parte da retomada alviverde. Porém, o Palmeiras pressionava desde o primeiro minuto da segunda etapa e já poderia ter virado o placar. Para entender como o time se organizou no segundo tempo, é preciso analisar a (fata de) organização tática do primeiro.

Alberto Valentim, técnico interino, armou o alviverde inicialmente sem um jogador de referência no ataque e com isso, Dudu e Rafael se alternavam nas chegadas a área adversária. O problema óbvio neste caso é que Dudu não tem nenhuma características física ou técnica para fazer o papel de centroavante, enquanto Rafa, apesar do bom porte físico, insiste em jogar pelos lados do campo. A equipe mandante, portanto, tinha a maioria do tempo de posse de bola como lhe é comum, porém, não conseguia penetrar na defesa carioca.

Fluminense fechadinho num 4-5-1 e Palmeiras sem penetração na defesa

sábado, 13 de junho de 2015

O caderninho de Juan Carlos Osório

Uma análise tática e os méritos do colombiano na vitória do São Paulo frente a Chapecoense: Variações táticas e adaptação de jogadores a novas posições


O São Paulo venceu a Chapecoense por a 1 a 0 ontem na Arena Condá em Santa Catarina e chegou a liderança do Brasileirão. O único gol da partida foi do volante Souza, que arriscou chute de fora da área e acertou o ângulo do goleiro Danilo da Chape, um golaço! Porém, apesar do gol bonito, o segundo jogo de Osório no comando do Tricolor, teve pouca coisa de belo: um jogo truncado onde os maiores méritos são paulinos estiveram na disposição tática da equipe, que soube se adaptar durante o jogo.

Osório começou o jogo com duas formações táticas diferentes, uma para quando a equipe tinha a posse de bola e outra para quando estava se defendendo. Com o tricolor no campo de ataque, a equipe se armava numa variação do 4-3-3 (especificamente 4-1-2-2-1), sendo que a função de meia pela esquerda, que por vezes virava ponta, alternava entre Carlinhos e Michel Bastos. Curiosamente, os dois são laterais de origem, entretanto, Michel já atua como meia há algum tempo, desde que se destacou no futebol francês pelo Lyon, enquanto Carlinhos só começou a atuar nesta posição sob o comando do técnico colombiano.

Formação inicial de Osório com a posse de bola

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sánchez e Téo Gutiérrez? Ótimos! Mas com que dinheiro?

Corinthians busca dupla do River Plate que pode chegar após a Copa América. Entretanto, timão deve à construtora e tenta transformar ídolos em vilões


O Corinthians tem interesse na contratação de dois jogadores do River Plate: o atacante colombiano Téo Gutiérrez e o meia direita uruguaio Carlos Sánchez. A informação foi confirmada pelo presidente corinthiano Roberto de Andrade, que agora aguarda o fim da Copa América para tentar avançar nas negociações pela dupla. O que o dirigente do Timão não esclareceu é como o clube pretende pagar pelos jogadores, uma vez que deve direitos de imagem a todo o elenco, tem sua renda de bilheteria e cotas de televisão comprometidas e agora tenta se desvencilhar de seus maiores jogadores por causa de salários.

Téo e Sánchez tem 30 anos e estão no Chile para a disputa da Copa América com as seleções da Colômbia. O jogador tem ótimos números nesta temporada, com a marca de 19 gols e 4 assistências em 36 jogos pela camisa do River e está avaliado em R$ 10,5 milhões. Carlos Sánchez também tem 30 anos, mas números mais modestos, foram 11 gols e 7 assistências em 43 jogos nesta temporada e o uruguaio está avaliado em R$ 8,5 milhões. Além da Copa América, a dupla pode se valorizar ainda mais, já que o River está nas semifinais da Libertadores.

Téo Gutiérrez e Carlos Sánchez interessam ao Timão

Somados, os dois jogadores valem quase R$ 20 milhões e soa no mínimo estranho que sejam cogitados por um clube que passa por problemas financeiros tão graves. O Corinthians adiantou R$ 70 milhões de cotas de TV de 2015 no ano passado e fechou com a Odebrecht o pior acordo dentre todas as arenas construídas durante o período da Copa do Mundo: o Timão tem 15 anos para pagar pelo estádio, sendo 3 deles de carência e o valor já chega a mais de R$ 1 bilhão, aliado a isso, toda a renda de bilheteria arrecadada com o estádio vai diretamente para o fundo criado para a dívida.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O preço das vitórias e o público que não aprendeu a torcer

Dunga vence a 10º consecutiva e esconde problemas apontados após o 7 a 1. Nos amistosos, plateia permanece em silêncio, com curiosas exceções


A seleção brasileira venceu Honduras nesta quarta feira (10) por 1 a 0 com gol do meia atacante Roberto Firmino do Hoffenheim. A vitória, mesmo pelo placar mínimo, representou uma marca histórica para o técnico Dunga e seus comandados: 10 vitórias seguidas. O recorde evidentemente está longe de apagar o vexame dos 7 a 1, mas parece encobrir a ausência de mudanças exaustivamente pedidas ao final da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo, a paixão do povo pela amarelinha, parece ainda não ter se recuperado.

Roberto Firmino fez o único gol na vitória contra Honduras

Com triunfo frente os hondurenhos, Dunga ultrapassou a marca de João Saldanha, que chegou a 9 vitórias seguidas no final dos anos 60. O recorde e a sequência de resultados positivos, gera elogios ao time do atual treinador e parece diminuir a demanda por profundas alterações no futebol brasileiro. Categorias de base melhor estruturadas, êxodo de jogadores, formação de novos talentos e aprimoramento tático e técnico de jogadores e treinadores foram apenas algumas medidas exigidas e discutidas ao final do mundial e que agora passam a ficar de lado. É como se essas dez partidas tivessem transformado o futebol brasileiro e todos os problemas estivessem superados por um pseudo bom início de trabalho. Pseudo sim, pois o teste real para Dunga chegará agora, na Copa América que tem tudo para ser a melhor da história.

Nos dois últimos amistosos do Brasil, pudemos verificar atitudes interessantes nas arquibancadas. Melhor dizendo, cadeiras, nos novos Beira-Rio e Allianz Parque. Na partida em São Paulo, a torcida permaneceu em silêncio durante os 90 minutos, à exceção de três momentos: gols, escalação e gritos da torcida palmeirense. Ao serem anunciados os nomes no alto falante, um dos mais festejados foi David Luiz, que junto com Fernandinho, é o único remanescente da equipe titular no fatídico 7 a 1. As vaias só vieram para um jogador em especial: Fred. Acontece que os mais de 35 mil pagantes na Arena, não sabiam que o Fred anunciado, era o volante ex-Internacional e atualmente Shaktar Donetsk da Ucrânia, os espectadores imaginaram que se tratasse do atacante, que teve participação pífia na Copa do Mundo.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Os julgamentos de Dudu

Envolvido em polêmica com juiz no Paulistão, atacante tem caso no STJD adiado. Por outro lado, cobrança execessiva de parte da imprensa continua


Desde que chegou ao clube, Dudu sempre esteve envolvido em polêmicas, e recentemente sofre com dois julgamentos distintos. O primeiro deles, referente ao empurrão do atacante no árbitro Guilherme Ceretta de Lima na segunda partida da final contra o Santos, deveria ter sido realizado nesta segunda feira (9), mas foi adiado e não tem nova data definida. O segundo, trata-se de uma análise sobre seu futebol por parte da imprensa, que o considera superestimado, mas insiste em julgá-lo como craque, justamente pelos acontecimentos envolvidos em sua chegada. 

No começo da temporada, uma das especulações que agitaram o mercado brasileiro foi a saída de Dudu do Grêmio. O atacante foi disputado por Corinthians e São Paulo durante quase um mês e, em uma manhã de domingo, foi anunciado pelo Palmeiras. A contratação recebeu o rótulo de "chapéu" e foi exaltada por torcida e imprensa justamente pelo fato de o clube superar seus maiores rivais na negociação, algo que não ocorria há muito tempo.

Negociação de Dudu foi um chapéu nos rivais

O episódio teve direito a nota dos empresários de Dudu provocando o Corinthians e falando em uma "situação de apequenamento" do clube. Dudu já havia recusado uma proposta do São Paulo e o Palmeiras, que nem era mencionado na negociação, acabou ficando com o atleta pelo valor de 3 milhões de euros. A partir deste momento, a torcida alviverde, feliz com a nova chegada, passou a depositar grandes esperanças no camisa 7 palmeirense, enquanto que a imprensa o elevou a outro nível, o de craque, ao menos no julgamento de suas performances.

Dudu teve um bom início no Campeonato Paulista, marcando 3 gols e contribuindo com 4 assistências, porém, na fase decisiva, cometeu erros pela ótica de grande parte da torcida, custaram o título do Paulistão. No primeiro jogo da final contra o Santos, perdeu um pênalti quando a partida estava 1 a 0 e desperdiçou a chance de levar boa vantagem para a decisão na Vila Belmiro.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cuidado, é uma cilada!

Tite assumiu a equipe projetando o bi da Liberta, agora vê o elenco se desfazer. Oswaldo indicou jogadores, mas não consegue fazer o time render


Oswaldo de Oliveira e Tite dirigem dois dos maiores clubes do país, mas desde que assumiram o cargo, tem passado por situações bem diferentes. O corinthiano embarcou em uma cilada e agora sofre com os salários atrasados, problemas financeiros e uma crise técnica, porém, não tem seu cargo ameaçado pela diretoria. Já no caso do palmeirense, o momento financeiro é o melhor dos últimos 5 anos, Oswaldo pôde indicar seus jogadores de confiança e agora, com a falta de resultados, pode deixar o clube que está em situação delicada na tabela.

Quando o nome de Tite ainda era especulado, boa parte da imprensa manifestou sua opinião de que o treinador só poderia perder com sua volta, já que precisaria superar sua última passagem pelo clube, quando levou o time ao título do Mundial Interclubes. Entretanto, no começo da temporada, o Corinthians aparecia como um clube estável, financeiramente saudável e que brigaria pelo bi da Libertadores, o que fez Tite aceitar o desafio de comandar a equipe, sem saber dos problemas financeiros enfrentados pela diretoria e caindo na armadilha corinthiana.

Tite assumiu a equipe sem saber dos problemas financeiros

Mesmo com a dívida do estádio de Itaquera, a falta da renda da bilheteria e as cotas de tv adiantadas, o ano começou conforme o planejado para o Corinthians. O Timão atropelou o Once Caldas em casa por 4 a 0 e com um empate por 1 a 1 na Colômbia, avançou à fase de grupos da Libertadores. No estadual, o time fez a melhor campanha entre os grandes com 37 pontos ganhos e nas quartas de final contra a Ponte Preta, venceu por 1 a 0 com a Macaca tendo um gol legítimo anulado. As coisas começam a degringolar no clube na semi final do Paulistão, quando o timão foi eliminado pelo Palmeiras de Oswaldo de Oliveira nas penalidades, após empate em 2 a 2.

domingo, 7 de junho de 2015

O triunfo do melhor: Um título inevitável

O melhor ataque da história vence e o talento prevalece em uma final emocionante que cala críticos e dá voz a outros


A Juventus sabia bem o que tinha que fazer. Era necessário paciência enquanto o Barcelona tocava a bola de um lado para o outro, com quase 69% de posse de bola durante alguns momentos da partida e os bianconero precisavam de inteligência para aproveitar os 31% que lhe restavam e tentar criar chances de gol no contra-ataque.

No entanto, nem toda a tática do mundo pode deter o talento. Não que a Juve não o tenha, Tévez reencontrou seu futebol em Turin, Morata fez uma partida além da expectativa, Pogba e Vidal são dois dos maiores alvos do mercado europeu para esta janela, Bonucci se firma como um dos grandes zagueiros da Europa, Pirlo dispensa comentários e o elenco ainda tem muitas outras peças interessantes, mas o Barça, o Barça é quase imbatível.

Pirlo chora após a final em Berlim

Em apenas uma jogada que la vecchia signora falha dando algum espaço na marcação, por mínimo que seja, já é o bastante para Jordi Alba encontrar Iniesta na área e o craque colocar Rakitić em condições de inaugurar o placar. É difícil imaginarmos algum time ou seleção que possa encarar os culés de igual para igual, mas impossível pensar em uma equipe que os vença com tranquilidade. Nem mesmo a seleção da Alemanha, atual campeã do mundo, poderia "atropelar" o time de Luis Henrique, que depois de sofrer muito com as críticas no começo do ano, conseguiu unir sua equipe e fazê-los apresentar um grande futebol.

sábado, 6 de junho de 2015

Após cinco rodadas, azarões estão na liderança: cavalo paraguaio ou mostra de competência?

O que Atlético Paranaense e Ponte Preta tem em comum para estarem liderando o Campeonato o Brasileiro


Quando o Brasileirão começou, poucas pessoas diriam que Atlético Paranaense e Ponte Preta brigariam na parte de cima da tabela e nem o mais fanático torcedor poderia imaginar que os dois clubes liderariam o campeonato, no entanto, cinco rodadas se passaram e o cenário é exatamente esse. Se a surpresa é tão grande assim (e é mesmo!), como explicar o sucesso dos dois times até aqui?

O Furacão e a Macaca apresentam um futebol moderno e compacto, sem nenhuma grande revolução, mas que aplica durante a partida um conceito de jogo muito bem treinado e pré definido adaptando seus jogadores as características da formação tática. Comecemos pelo sistema ofensivo: ambas tem centroavantes sem tanta mobilidade, mas com liberdade para se movimentar e entrar na área, caso de Diego Oliveira e Cléo. 

Já no meio campo, dois pontas rápidos e dribladores, são importantíssimos para abrir a defesa adversária e puxar  os contra ataques. No Atlético, quem faz a função é a dupla Douglas Coutinho, centroavante de origem e Nikão, com dois gols e uma assistência no Brasileiro e que tem passagem pela Ponte Preta onde costumava atuar mais centralizado. Pelo meio, o papel de armação das jogadas fica a cargo de Walter, o gordinho já tem uma assistência na competição e apesar de ser outro centro avante de origem, atua próximo a Cléo e com boa visão de jogo, deixa os companheiros na cara do gol frequentemente.

Improvisação de Nikão e Douglas Coutinho vem dando certo no Atlético

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O Palmeiras não finaliza? Veja porque esta afirmação é incorreta

Uma análise dos números no campeonato para demonstrar que o problema da falta de gols é outro


36 mil pessoas no Allianz Parque, o Palmeiras vindo de uma vitória sobre o maior rival fora de casa e com um novo esquema de jogo adotado por Osvaldo de Oliveira, tudo isso para encarar o Internacional semi finalista da Libertadores, e pegar moral para a sequência do campeonato. Era o roteiro perfeito, mas não foi o que aconteceu.

O verdão novamente tropeçou em casa e ficou no empate com o colorado por 1 a 1. Nos momentos finais do jogo, quando a partida estava aberta para os dois lados, o alviverde chegou a criar duas chances, com Dudu e Cleiton Xavier, mas ambos optaram pelo passe na conclusão da jogada. As duas jogadas fizeram com que imprensa e torcida acreditassem que o time não finaliza a gol, seja por medo de errar ou por puro preciosismo.

Entretanto, ao analisar os números percebemos que este argumento está incorreto. A média de arremates no campeonato, segundo o site Footsats, é de 11,3 por partida, já a média palmeirense é de 14 chutes por jogo, o que mostra que não só a equipe finaliza, como o faz mais do que seus concorrentes.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A queda de Marcelo Oliveira e o reencontro de Luxa com o Flamengo

Os motivos que levaram à saída do treinador bicampeão brasileiro e a insistência no erro do atual técnico cruzeirense 


O Cruzeiro venceu o Flamengo por 1 a 0 na noite desta quarta feira no Mineirão. O jogo marcou o encontro de Vanderlei Luxemburgo com seu ex-time e a primeira partida da era pós-Marcelo Oliveira no clube celeste. Os treinadores eram outros, mas o futebol apresentado não mudou muito e os erros de gestões anteriores voltaram a parecer nos dois clubes.

Marcelo Oliveira, ainda quando técnico do Cruzeiro, insistia em tentar repetir a fórmula vitoriosa do bicampeonato brasileiro: Uma equipe armada no 4-2-3-1 e que contava com um meia cerebral para armar a equipe e dois outros meias posicionados pelos lados do campo. Entretanto, para a temporada 2015, Marcelo já não contava com seus dois principais armadores, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, vendidos na temporada passada.

Formação do Cruzeiro campeão brasileiro de 2014