quarta-feira, 29 de julho de 2015

Tricolores entendam, Diego Lugano não é mais o mesmo

Tricolores entendam, Diego Lugano não é mais o mesmo

Uruguaio assinou com o Cerro Porteño depois de se oferecer ao São Paulo. Aidar diz que Osório vetou a contratação. O colombiano estava errado?


O ano é 2003, Marcelo Portugal Gouveia, então presidente do São Paulo, vai contra as opiniões de conselheiros e comissão técnica e decide então trazer do Nacional um jovem zagueiro uruguaio de 23 anos de idade. Seu nome? Diego Lugano.

O começo do garoto não foi fácil no São Paulo, Oswaldo de Oliveira era o treinador da equipe e por ser contra sua contratação, não deixava que Lugano ficasse nem no banco de reservas durante as partidas. Entretanto, ainda em 2003, Oswaldo de Oliveira deixou o comando do time e o uruguaio passou a brigar por uma posição na equipe titular.

A alcunha de "homem do presidente", foi aos poucos desaparecendo graças a qualidade do jogador e em pouco tempo, com sua raça e entrega em campo, o camisa 5 conquistou a idolatria e o carinho da torcida além da preferência do treinador Emerson Leão para estar entre os onze iniciais. Em 2005, foi um dos líderes na conquista do campeonato Paulista, Libertadores e Mundial e colocou seu nome definitivamente entre os maiores ídolos da rica história são paulina.

Lugano foi campeão Mundial com o São Paulo. Vontade e raça em campo o tornaram ídolo

segunda-feira, 27 de julho de 2015

(G -) 4 a 1 foi pouco!

Análise Tática: (G-) 4 a 1 foi pouco!

Palmeiras goleia o Vasco em São Januário e, 47 rodadas e mais de um ano depois, volta ao G-4. Cruzmaltino continua na zona da degola


O Palmeiras goleou o Vasco da Gama jogando em São Januário para pouco mais de 14 mil pagantes no estádio. Antes do jogo, as duas torcidas davam um espetáculo a parte, mas com a bola rolando, o lado Cruzmaltino se calou e o clima de euforia tomou conta dos palmeirenses. 4 a 1, um show na arquibancada e um futebol cada vez mais competitivo dentro das quatro linhas.

O alviverde começou o jogo com tudo e com apenas 3 minutos já abriu o placar. O momento e a forma como ocorreu o gol dava um panorama de como seria a partida, uma pressão palmeirense desde o início e o problema vascaíno em sair jogando com a bola nos pés. Marcação no campo de ataque, Gabriel retomou a bola ainda antes do Cruzmaltino ultrapassar o meio de campo, Arouca conduziu a bola e fez o passe para Leandro Pereira que cortou para o pé direito e bateu bem de fora da área, fazendo 1 a 0 para o Verdão.

Gabriel rouba a bola,  Arouca recebe passe de Robinho e toca para Leandro Pereira finalizar de fora da área

Armado no 4-4-2 (figura abaixo) o Vasco sofria com a saída de bola desdo o primeiro minuto de jogo. Celso Roth optou por abandonar o esquema com três volantes e manter apenas dois, mas ao contrário da opinião da grande mídia, na minha visão o problema não passou pela ausência de mais um homem de contenção, e sim na característica dos dois em campo.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quanto pesa no seu bolso?

Quanto pesa no seu bolso?

Programa de sócios torcedores, ingressos e a média de público do trio de ferro paulista


Fidelizar sua torcida e conseguir mais uma fonte de renda para os clubes, tendência vinda da Europa, o programa de sócios-torcedores já um sucesso no Brasil com mais de 1 milhão de pessoas cadastradas no "Programa por um Futebol Melhor" e no trio de ferro paulista, a situação não é diferente. Palmeiras, Corinthians e São Paulo juntos, somam mais de 300 mil associados em seus planos.

Último ranking mundial de sócios torcedores divulgado
O Verdão é o responsável pela maior quantidade de adeptos entre os três, sendo 129 mil sócios "Avanti", a segunda melhor marca do país atrás apenas do Internacional, que tem 146 mil sócios-torcedores. Em seguida está o Corinthians, na terceira colocação do ranking nacional com 105 mil "Fiel Torcedor". Já na sexta posição, vem o Tricolor com 65 mil "Sócio Torcedor", ainda atrás de Grêmio e Cruzeiro, que ocupam a quarta e quinta posições, respectivamente.

Na verdade, mesmo com a iniciativa tardia em comparação aos clubes de fora do país, a paixão brasileira pelo futebol já fez com que os grandes times superassem muitos dos gigantes europeus em número de sócios-torcedores. No ranking mundial, os palmeirenses estão na sétima colocação, à frente de Porto e Borussia Dortmund, enquanto o Timão, um pouco mais atrás, é o décimo no colocado, mas também está à frente de Internazionale, Boca Juniors e Manchester United.

Em meio a tantos números, no fim das contas, os que realmente interessam são os do bolso do torcedor. Neste caso, fica a pergunta, dentre os aficionados do trio de ferro paulista, qual tem que desembolsar o maior valor para ir ver seu time no estádio neste Campeonato Brasileiro? A pergunta poderia ser rapidamente respondida pelo valor do ticket médio cobrado por cada clube, mas o Blog na Rede 10 sabe que este número não representa necessariamente a realidade do valor gasto pelo torcedor que busca sempre a economia.

terça-feira, 21 de julho de 2015

A regra é clara, mas a lei não!

A regra é clara, mas a lei não!

O julgamento de Dudu, a relação dos atletas com a arbitragem e a falência da Justiça Desportiva Brasileira


O recurso do Palmeiras no TJD para tentar a redução da pena do atacante Dudu foi negado. A intenção do advogado do clube, André Sica, era de que o caso fosse reenquadrado de agressão para ato hostil, cuja pena é bem mais branda e seria cumprida só no Paulistão de 2016: de um a três jogos de gancho. Entretanto, a defesa palmeirense só conseguiu aumentar ainda mais a punição à Dudu, que passou de 180 dias para 180 dias e mais um jogo, em virtude dos xingamentos proferidos pelo atleta ao juiz da partida Guilherme Ceretta de Lima, na final do Campeonato Paulista.

Independente do veredito, o julgamento só demonstra o quão falida está a justiça desportiva brasileira. Palmeirenses alegam que o caso de Petros, ocorrido no Paulistão do ano passado, é muito semelhante ao de Dudu, se não for mais grave. Já os que defendem a pena máxima ao atacante, afirmam que no lance de Petros, a bola estava em jogo e ele não xingou o árbitro, o que seria um agravante no caso de Dudu. Por fim, vem o Tribunal de Justiça Desportiva, que ao invés de colocar fim à polêmica, só a aumenta.

Dudu, de 1,66m, foi a julgamento pelo empurrão no árbitro Guilherme Ceretta, de 1,92m

domingo, 19 de julho de 2015

Análise Tática: Futebol de líder

Análise Tática: Futebol de líder

Corinthians vence o Atlético Mineiro na Arena em Itaquera e alcança o Galo na liderança do Brasileiro. Timão segue fazendo valer o mando de campo


O Corinthians venceu o Atlético Mineiro por 1 a 0 ontem (18) para mais de 36 mil pessoas na Arena Corinthians. Com o resultado, o Timão chegou a quinta vitória nos últimos seis jogos, alcançou os mesmos 29 pontos do Galo e agora divide a liderança do campeonato com os atleticanos.

O Corinthians começou melhor a partida e mesmo com o desfalque de Jadson, melhor jogador da equipe no Brasileiro, Tite optou por manter o 4-1-4-1 (figura abaixo). Para isso, deslocou Malcom para o lado direito, onde o camisa vêm atuando e colocou Rildo pelo lado esquerdo. No triângulo central, o treinador corinthiano manteve o trio Bruno Henrique, Elias e Renato Augusto.

Já o Atlético de Levir Culpi veio armado no 4-2-3-1 (figura abaixo). O treinador optou por colocar Leandro Donizete de volta aos titulares e assim reforçar a marcação no meio de campo que, durante boa parte do campeonato, teve apenas Rafael Carioca na destruição das jogadas.

Tite manteve o 4-1-4-1 mesmo sem Jadson. Rildo entrou e Malcom foi para a direita

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Excesso de vontade ou falta de educação?

Excesso de vontade ou falta de educação?

Desrespeito de atletas do São Paulo levanta discussão a respeito da atitude dos jogadores com seus técnicos. Situação ocorre em diversos outros clubes


Os recentes desentendimentos entre o técnico do São Paulo, Juan Calos Osório, e atletas do elenco tricolor, levantaram uma discussão a respeito do comportamento de diversos atletas no futebol, em especial no brasileiro, sobre o excesso de vontade e falta de respeito e consideração com seus comandantes. Para analisar qual das opções é a correta, é preciso definir ambas nos termos desta discussão.

Segundo o que é dito por grande parte da imprensa e a maioria da torcida, o fato de um atleta reclamar por ser substituído ou por não ter sido relacionado para uma partida, indica o comprometimento ou uma vontade extrema de ajudar o clube e seus companheiros. Entretanto, esta mesma mídia não crê que os jogadores possam fazer corpo mole para derrubar treinador, e assim sendo, como exaltar toda essa vontade de um atleta, se todos aqueles em campo estão sujeitos a serem reservas e quando o são, não desrespeitam seu "professor"?

A entrega dos atletas em campo é definida por suas características desde quando começou no futebol

terça-feira, 14 de julho de 2015

La Pantera, Lucas Barrios, o novo matador alviverde

La Pantera, Lucas Barrios, o novo matador alviverde

Conheça mais os números, a trajetória e a carreira do jogador que já foi artilheiro do mundo e agora chega ao Verdão


Lucas Barrios foi oficializado ontem (13) como o 24º reforço do Palmeiras na temporada e chega com grande expectativa da torcida para assumir a condição de titular no time de Marcelo Oliveira. O novo atacante do alviverde irá receber um salário de R$420 mil mensais, o maior do elenco palmeirense. Antes porém, o argentino paraguaio passou por diversas outras equipes e teve grande destaque em muitas delas até chegar ao Verdão.

Lucas Barrios assinou com o Verdão e terá o maior salário do elenco

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Análise Tática: Em jogaço, Sport e Palmeiras empatam por 2 a 2 na Arena Pernambuco

Análise Tática: Em jogaço, Sport e Palmeiras empatam por 2 a 2 na Arena Pernambuco

Rubronegro perde a marca de 100% de aproveitamento em casa neste Brasileiro e Verdão quase consegue a quinta vitória seguida na competição


Palmeiras e Sport empataram por 2 a 2 em uma das melhores partidas do Campeonato Brasileiro até agora, ontem (12) na Arena Pernambuco. O público compareceu e mais de 35 mil pessoas estavam na Arena para assistir o jogaço eletrizante que teve o Verdão na frente até os acréscimos, quando depois de muita pressão, o Sport chegou ao empate.

O jogo começou truncado e com as duas equipes se estudando muito. Nenhum dos times queria sair atrás no placar e o jogo se concentrava no meio de campo, com o Sport tentando achar espaços na defesa palmeirense e o alviverde fazendo uma marcação pressão, fechadinho e esperando por um contra ataque.

O ótimo treinador, da nova safra de técnicos brasileiros, Eduardo Baptista, escalou sua equipe no 4-2-3-1 (figura abaixo). No esquema, os homens de frente, em especial André e Diego Souza tinha total liberdade para se movimentar no campo e desde o começo já representavam a maior ameaça ao gol de Fernando Prass. Outra movimentação interessante era a de Renê, que avançava quase como um meia esquerda enquanto o volante Wendell fazia a cobertura da jogada.

Já o Verdão começou o jogo apertando a saída de bola adversária e pra isso, Zé Roberto adiantava sua posição até a linha de Leandro Pereira, formando um 4-2-2-2 (figura abaixo). Dudu e Rafael Marques também acompanhavam os avanços dos laterais do Sport, e dependendo de sua posição no campo, a equipe podia se transformar em um 4-4-2 clássico.

Palmeiras armado no 4-4-2 para se defender. Sport no 4-2-3-1 e Wendell cobrindo as subidas de Renê

domingo, 12 de julho de 2015

Análise tática: Santos vence o Figueirense na Vila

Na estreia de Dorival, Peixe faz 3 a 0, quebra jejum de quatro jogos sem vitória e deixa a zona de rebaixamento



O Santos venceu o Figueirense por 3 a 0 ontem (11) na Vila Belmiro com pouco mais de 8 mil pagantes. A partida foi estreia do técnico Dorival Júnior no comando santista e encerrou um jejum de quatro jogos sem vitória da equipe santista. Além disso, o Peixe deixou a zona de rebaixamento, assumindo a décima quinta colocação e agora aguarda os jogos de Internacional e Avaí para saber se terminará a rodada fora do Z-4.

Técnico novo, escalação nova. Dorival Júnior promoveu a volta de Victor Ferraz à lateral direita e as entradas dos garotos Zeca, na lateral esquerda e Paulo Ricardo, zagueiro que foi improvisado como volante. Quanto ao esquema tático, o 4-2-3-1 (figura abaixo) de Marcelo Fernandes foi mantido, mas além das mudanças nos nomes, ocorreram trocas no posicionamento, como a inversão de Gabriel e Geuvânio, que passaram a jogar na meia direita e esquerda respectivamente.

Já o Figueirense de Argel Fucks, veio armado no 4-4-2 (figura abaixo), com dois meias abertos, Yago e Rafael Bastos e dois volantes centrais, Fabinho e Paulo Roberto. Já os dois homens de frente, Everaldo e Thiago Santana tinham funções diferentes quando a equipe tinha de marcar: Everaldo ficava mais estático na frente e apenas tentava impedir o avanço de Thiago Maia e pressionar os zagueiros, enquanto Thiago Santana voltava para preencher o meio de campo e acompanhar as descidas de Victor Ferraz ao ataque.

Santos com muita movimentação no ataque e armado no 4-2-3-1

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Análise Tática: Corinthians vence o Atlético Parananense 

Timão faz uma partida segura e bate o Furacão por 2 a 0. Jádson foi o destaque novamente com um gol e uma assistência


O Corinthians venceu o Atlético Paranaense por 2 a 0 nesta quinta feira (09) na Arena de Itaquera. O jogo marcou o recorde de público do Timão jogando em casa neste Brasileirão, com mais de 32 mil pagantes, que puderam assistir mais uma boa atuação do meia Jádson, melhor jogador da equipe na temporada, responsável por uma assistência e um gol no triunfo do alvinegro que agora assumiu a quarta colocação e entrou de vez no G-4.

O jogo começou com Tite colocando seu time para frente e escalada no 4-1-4-1 (figura abaixo), a equipe repetiu a formação inicial das ultimas duas partidas. Nos confrontos, o Timão venceu a Ponte Preta em casa por 2 a 0 e empatou com o Goiás no Serra Dourada em 0 a 0. O treinador corinthiano parece ter encontrado seu esquema tático ideal, focado no meio de campo da equipe: marcação e boa saída de bola pelo centro com Bruno Henrique, mobilidade de Elias e visão de jogo de Renato Augusto e Jádson.

Já Milton Mendes escalou seu time no 4-2-3-1 (figura abaixo), formação que vem utilizando desde que chegou ao clube. Com boa campanha, o esquema do Furacão tem como destaque o meia esquerda Nikão e o volante Otávio. Nikão é atacante de origem, mas foi adaptado à meia esquerda pelo treinador atleticano, algo que parece estar sendo feito também com Malcom no Corinthians. Já Otávio, tem apenas 21 anos e é um dos maiores ladrões de bola do torneio.

Timão no 4-1-4-1: Mobilidade e criação de jogadas no meio de campo são destaque. Furacão no tradicional 4-2-3-1

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Análise tática: Palmeiras vence o Avaí

Verdão chega ao quarto triunfo consecutivo e se aproxima do G-4. Jogo teve muitas alternativas táticas e novo esquema de Marcelo Oliveira


O Palmeiras venceu o Avaí por 3 a 0, nesta quarta feira(08) no Allianz Parque. Os mais de 36 mil pagantes assistiram ao quarto triunfo seguido do alviverde, que agora está muito próximo ao G4. Apesar dos três gols e da vitória, o jogo não foi tranquilo como o placar sugere.

O Palmeiras começou pressionando e, com menos de um minuto, Zé Roberto já havia desperdiçado uma chance clara de gol. O time de Marcelo Oliveira, pela primeira vez desde que assumiu o clube, não entrou armado em um 4-2-3-1 e sim no 4-2-1-3 (figura abaixo). Com a mudança, Dudu e Rafael Marques jogaram mais à frente e na mesma linha do centro avante Leandro Pereira, com Zé Roberto muito próximo aos três.

Já o Avaí de Gilson Kleina, não fugia do esquema 4-2-3-1(figura abaixo) e o atacante Anderson Lopes teve que se sacrificar como meia esquerda, voltando sempre para marcar. Sem a bola, enquanto o Verdão trocava passes entre os zagueiros, o volante Tinga avançava junto com William para tentar pressionar a saída de bola e fechar os espaços.

Marcelo de Oliveira não armou Palmeiras no 4-2-3-1. Buraco no meio impede a criação de jogadas

quarta-feira, 8 de julho de 2015

7 a 1 foi pouco? Sim!

Guardiola à parte, a trajetória e os corruptos que colocaram Luiz Felipe Scolari à frente da Seleção Brasileira


Confesso que mesmo com o tema tendo sido muito debatido nesses 364 dias, e mais ainda no dia de hoje, tive dificuldades em escrever sobre o ocorrido um ano atrás. É quase inevitável repetir o que já foi dito, mas não pude deixar de manifestar meu sentimento, especialmente após ver as declarações de Daniel Alves no programa Bola da Vez da ESPN.

O atual lateral da seleção brasileira, presente também durante o 7 a 1, afirmou que Guardiola, após a queda de Mano Menezes, manifestou um forte desejo em treinar a Seleção Brasileira, "ele já tinha até o time na cabeça", afirmou o jogador do Barça. Entretanto, o fato não chegou a ser uma novidade absoluta, já que à época o nome de Pep já era especulado em boa parte da imprensa esportiva e eu prefiro dar outro viés a declaração de Daniel Alves.

Segundo Daniel Alves, Guardiola queria assumir a Seleção Brasileira, mas a CBF não o quis

terça-feira, 7 de julho de 2015

Hablas español?

Hablas español?

A situação dos gringos no trio de ferro paulista


A maior parte das equipes brasileiras que disputam a Série A tem em seus elencos pelo menos a presença de um jogador estrangeiro e entre os três grandes clubes da capital paulista não é diferente. Palmeiras, Corinthians e São Paulo tem sul americanos importantes em seu elenco e que estão passando por momentos muito distintos. Confira agora a situação dos gringos no trio de ferro paulista.

Palmeiras
No Palmeiras tem estrangeiros nas mais variadas condições e isso se deve ao alto número de sul americanos no elenco, são 6 no total, já contando com o paraguaio Lucas Barrios. O atacante deve chegar ao clube no início da semana que vem, já que vem de uma sequência de jogo muito extensa, tendo jogado a temporada europeia pelo Montpellier da França e se apresentado logo em seguida à seleção paraguaia para a disputa da Copa América.

O torneio, aliás, aumentou ainda mais a expectativa sobre o paraguaio, justamente por suas atuações. O jogador ficou na seleção da primeira fase do certame e teve um um desempenho de três finalizações e três gols em um total de 143 minutos em campo (somadas as três partidas que participou). Ao mesmo tempo, a Copa América pode significar a saída de um atleta do Verdão, o chileno Valdivia.

Valdivia negocia sua renovação de contrato e pode ir para o Al Wahda. dos Emirados Arábes

domingo, 5 de julho de 2015

Análise tática: Peixe é derrotado pelo Grêmio na Vila

Santos entrou dormindo, levou gol no começo do jogo e agora está no Z-4. Tricolor gaúcho venceu a quinta seguida e é o segundo colocado


O Santos foi derrotado neste domingo (05) pelo Grêmio na Vila Belmiro pelo placar de 3 a 1. O revés representou o fim da invencibilidade do peixe neste ano jogando em seus domínios e ainda colocou o alvinegro na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A partida foi marcada por uma arbitragem confusa e um Grêmio com ótimo toque de bola.

Já é costume o Grêmio entrar ligado na partida desde o primeiro minuto, mas parece que Marcelo Fernandes e seus comandados ainda não sabiam disso e os gaúchos abriram o placar logo aos 4 minutos de jogo. Giuliano fez ótimo passe para Luan e o atacante cruzou de primeira para Pedro Rocha abrir o placar. Detalhe para a defesa desarrumada do Santos e a falta de atenção de Victor Ferraz, (figura abaixo) que não percebeu o deslocamento de Pedro Rocha por estar reclamando de uma possível condição de impedimento de Luan.

Defesa desarrumada e Victor Ferraz desataneto pedindo por um impedimento inexistente

Ao longo do campeonato, o Grêmio já marcou 5 gols nos primeiros 15 minutos de jogo

sábado, 4 de julho de 2015

Cuidado, é uma cilada! - Parte II

Cuidado, é uma cilada! - Parte II

São Paulo perde diversos atletas e situação financeira segue complicada. Venda de Rodrigo Caio mela e Osório começa a ser questionado internamente


A alguma semanas atrás, escrevi um texto que tratava de situações opostas vividas por treinadores de Palmeiras e Corinthians, ressaltando uma "cilada" em ambos os casos. Oswaldo de Oliveira, apesar da boa situação financeira do alviverde, com a chegada de mais de 20 jogadores, alguns indicados por ele, não conseguia fazer o time render e Tite, que assinou contrato visando o bicampeonato da Libertadores, mas acabou sendo eliminado e tinha o elenco em vias de se desmanchar. Confesso que não imaginava escrever algo parecido sobre o São Paulo.

Entretanto, nesta sexta feira (03) o Tricolor confirmou que Rodrigo Caio permanecerá no clube, já que sua venda para o futebol europeu não foi concretizada. A permanência de Rodrigo é importante para o São Paulo, já que o jogador pode fazer mais de uma função em campo, mas além de ser péssima para os cofres do clube, não atenua o desmanche que vem ocorrendo no Morumbi.

Contrato de empréstimo de Dória se encerrou e zagueiro não rendeu nada aos cofres são paulinos

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Análise tática: Corinthians vence a Ponte Preta

Primeiro tempo tem poucas emoções, mas na segunda etapa o Timão se fechou, levou sufoco, apostou no contra ataque e matou o jogo


Foi sofrido, mas o Corinthians venceu a Ponte Preta por 2 a 0 em Itaquera e se aproximou ainda mais do G-4. Agora, apenas um ponto separam o Grêmio, quarto colocado, do Timão, que é o sexto. A vitória foi importantíssima não só pelos três pontos, como também para a afirmação de uma "nova" equipe que, pouco a pouco, Tite vai formando.

O treinador corinthiano promoveu a volta do selecionado Elias ao time titular. Mesmo antes da Copa América, quando o volante só era convocado para amistosos, Tite já o deixava no banco de reservas por conta do imbróglio envolvendo sua possível saída do clube. Fágner também voltou após suspensão e Malcom foi mantido entre os 11 iniciais.

O time entrou em campo armado em um 4-1-3-2 (figura abaixo), sendo que Bruno Henrique era o único homem à frente da zaga, o que deu muito mais qualidade à saída de bola alvinegra na posição que costumava ser de Ralf. A linha de três no meio se movimentava bastante e, ao avançar, era comum ver Jadson na faixa central do campo enquanto Elias passava às costas do camisa 10.

Corinthians armado no 4-1-3-2 e com muita movimentação no meio de campo

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Análise tática: O Palmeiras de Marcelo Oliveira

Análise tática: O Palmeiras de Marcelo Oliveira

Verdão vence a Chapecoense com tranquilidade e já apresenta mudanças táticas com o novo treinador


O Palmeiras venceu a Chapecoense por 2 a 0 em mais uma partida com casa cheia no Allianz Parque. Essa foi somente a primeira vez que o Verdão vence duas seguidas na competição e os gols de Egídio e Cristado fizeram com que o clube encostasse no G-4.

O alviverde começou o jogo embalado pela goleada por 4 a 0 sobre o São Paulo no domingo e tentou imprimir no duelo contra a Chape algumas características que funcionaram no clássico. No campo ofensivo, o Palmeiras se armou com o tradicional 4-2-3-1 de Marcelo Oliveira, mas que para furar o bloqueio dos catarinenses, contava com ainda mais movimentação dos três homens de meio de campo.

Chape fechadinha no 4-1-4-1. Palmeiras se movimentando muito no meio de campo

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Andrézinho e Gaúcho. Robinho e Neymar. Quem é melhor?

A visão de um romântico do futebol sobre as recentes negociações do mercado nacional


Na tarde de ontem (31) Andrézinho foi apresentado no Alto da Colina ao lado do presidente do Vasco, Eurico Miranda. O jogador veio do clube chinês Tianjin Teda, e o desejo de retornar ao futebol brasileiro, pesou para que o atleta assinasse com o Cruz Maltino até o final do Campeonato Carioca do ano que vem.

Na entrevista coletiva de apresentação, Eurico mais uma vez foi polêmico ao falar sobre a contratação do atleta, relacionando o negócio com a falta de acerto com Ronaldinho Gaúcho. "Esse aqui (Andrézinho) será a estrela da companhia. Se nós tivéssemos acertado com o Ronaldinho, o Ronaldinho teria o privilégio de jogar com o Andrézinho e não o contrário".

Andrézinho e Eurico na coletiva de apresentação. Presidente colocou o jogar em saia justa

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Análise tática: Verdão atropela o Tricolor e goleia

Análise tática: Verdão atropela o Tricolor e goleia

Os méritos no 4 a 0 palmeirense que levaram à vitória do Verdão e os erros do tricolor que culminaram no vexame 


O São Paulo começou melhor o jogo armado em um 4-1-4-1 (figura baixo), que parece ser o esquema preferido de Osório e apostando nas jogadas pelas laterais. Alexandre Pato chegou a acertar uma bola na trave em um chute de fora da área e Michel Bastos também teve uma oportunidade de finalizar, mas mandou longe do gol. Apesar da boa participação da dupla, a jogada pelos lados se restringia aos dois jogadores, já que Carlinhos e principalmente Bruno se preocupavam mais com a marcação de Dudu e Rafael Marques e pouco subiam ao ataque.

O Palmeiras se defendia armado em um 4-1-3-2 muito semelhante ao utilizado pela Seleção Brasileira no primeiro tempo da derrota frente ao Paraguai. O esquema encaixotava Paulo Henrique Ganso entre os volantes palmeirenses, fazendo com que o tricolor optasse por jogadas individuas pelas beiradas.

São Paulo começou bem o jogo criando oportunidades pelas laterais do campo. Ganso sumido

domingo, 28 de junho de 2015

Análise Tática: Mais um vexame amarelo

Análise Tática: Mais um vexame amarelo

O Brasil teve uma mão na vaga e outra na bola. Quem são os culpados?


Quatro anos depois e o filme se repetiu. Brasil, Paraguai, quartas de final e pênaltis, combinação que mais uma vez deixou a Seleção Brasileira de fora da Copa América em uma partida com diversos ingredientes e distintos panoramas. O time de Dunga começou o jogo com um claro problema na saída de bola, mas o treinador modificou a equipe em campo e parecia que o Brasil passaria por uma partida sem grande sufoco. O Paraguai tinha muita dificuldade para criar, mas o nervosismo do, até outro dia, "melhor zagueiro do mundo", permitiu o empate paraguaio que, nos pênaltis, mandou os brasileiros de volta pra casa. Agora, os culpados tem que ser identificados.

O início de jogo foi problemático. Dunga optou por armar a equipe em um 4-2-2-2 (figura abaixo) apostando na saída de bola com os laterais, e cobertura dos volantes Fernandinho pela esquerda e Elias pela direita. A estratégia não funcionou porque o Paraguai, armado em um 4-4-1-1 bloqueava bem a saída pelos lados do campo e o Brasil sofria sem um jogador centralizado para armar o time, sendo obrigado a dar chutões da defesa.


Brasil encaixotado e Paraguai no campo defensivo. Esquema durou apenas 13 minutos.

sábado, 27 de junho de 2015

O que acontece no DM e preparação física do Palmeiras?

O que acontece no DM e preparação física do Palmeiras?

Neste ano, de 35 jogadores do elenco, apenas 12 não sofreram com problemas físicos. Valdivia e outros atletas simbolizam problema alviverde


Na ultima quinta feira (25) foi anunciado que Alecsandro, atacante do Palmeiras, tem uma contusão na coxa esquerda, mais especificamente no músculo reto femoral, e deverá desfalcar o Verdão por pelo menos 40 dias. As vésperas do clássico contra o São Paulo, a notícia da lesão do jogador recém chegado ao clube, representa não só mais um problema para Marcelo Oliveira escalar a equipe, como também uma constante no departamento médico palmeirense.

Nesta temporada, de todos os 35 jogadores do elenco profissional, citados no próprio site oficial do clube, apenas 12 não desfalcaram o time devido a contusões musculares ou problemas físicos. Os sortudos são os goleiros Fernando Prass, Aranha, Jaílson, Fábio e Vinícius, o zagueiro Nathan, o lateral João Pedro, os volantes Andrei Girotto e Gabriel e os atacantes Ryder, Gabriel Jesus e Dudu.

Destes, apenas Prass, Egídio, Gabriel e Dudu são considerados titulares. Se levarmos em conta apenas os jogadores de linha, a situação fica ainda pior: apenas 7 de 30 atletas não se machucaram. O próprio Alecsandro, recém chegado ao clube, só ficou de fora de um jogo neste ano por conta de cansaço muscular, na metade de fevereiro, quando ainda estava no Flamengo.

Alguns casos são emblemáticos no clube. O mais visado e frequente, com certeza é do camisa 10 Valdivia. Anunciado recentemente pelo Al Wahda, o meia voltou para o Verdão em 2010 e desde sua chegada não entrou em campo 132 vezes por problemas físicos, o que representa quase 40% dos jogos disputados pela equipe. Foram 19 lesões e 17 gols nesta segunda passagem pelo clube.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Neymar está de férias!

CBF não recorre de sua punição e jogador opta por deixar a delegação brasileira no Chile. O que isso pode indicar?


Neymar não estará mais com a Seleção Brasileira nessa Copa América. A decisão se deu por conta da punição sofrida pelo craque logo após o jogo contra a Colômbia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. Na ocasião, o camisa 10 tomou o segundo cartão amarelo em dois jogos e depois foi expulso após o apito final por confusão com Armero, Murillo e Bacca, incidente que resultou no julgamento do craque que acabou punido por quatro partidas. A princípio, o pensamento era de que a CBF recorreria da punição, o que acabou não acontecendo e o jogador não participará mais da competição.

Neymar se envolveu em confusão com Zuñiga, Bacca e Murillo

Hoje(22), ao deixar o hotel onde estava concentrada a seleção, Neymar concedeu entrevistas aos jornalistas que estavam no local e perguntado sobre sua decisão, disse "É complicado um cara treinar sem ser para alguma coisa. Todos que estão aqui estão treinando para jogar, em busca do título, como eu vinha treinando. A Copa América para mim acabou e não tinha porque eu estar aqui." Ao ver essa declaração, de cara me espantei com as palavras do atacante, mas será que deveria mesmo?

Comecemos pela primeira frase, "é complicado treinar sem ser para alguma coisa". No meu entender já era consenso de todos, exatamente pelo discurso exaustivamente repetido, que "o que importa é preparar o time para a Copa do Mundo em 2018". Pois bem, se esse é justamente o objetivo, porque desperdiçar o que poderiam ser duas semanas de treinos no caso de o Brasil chegar até a final?

domingo, 21 de junho de 2015

Análise tática: Santos vence o Corinthians 

Em dia de homenagem à Zito, Peixe domina o primeiro tempo e abre o placar. Na segunda etapa, uma expulsão para cada lado e pressão do Timão


O Santos venceu o Corinthians por 1 a 0 na Vila Belmiro em um clássico de dois tempos bastante diferentes. No primeiro tempo, poucas chances para ambos os lados e um jogo com muita marcação, já na segunda etapa, os dois times ficaram com 10 jogadores e o Timão foi pra cima, enquanto o Peixe, que homenageou o ídolo Zito que entre 1952 e 1968 nunca perdeu para o time de Parque São Jorge, apostou nos contra ataques.

Os primeiros 45 minutos, apesar de pouca criação, tiveram um domínio santista que não tinha seus dois principais jogadores, Robinho e Lucas Lima. Mesmo assim, a equipe da casa não se intimidou e armada em um 4-2-3-1(figura abaixo) tentou propor o jogo desde o início, abrindo o placar logo aos 9 minutos com Ricardo Oliveira em ótima enfiada do volante Rafael Longuine. Não demorou para o Santos ampliar com Geuvânio, mas o camisa 11 estava impedido e o gol foi bem anulado.

Santos atacando armado no 4-2-3-1 e com boa chegada de Longuine à frente

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A paixão pela amarelinha e os torcedores mirins


Uma das primeiras lembranças que tenho de minha infância, certamente a primeira relacionada a futebol, data de quando tinha apenas oito anos: 30 de Junho de 2002. Estava com meus pais e meus tios em casa e posso ser preciso nos números graças ao que esta data representou. Foi nesse dia, no Estádio Internacional de Yokohama, que o Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0 e se sagrou penta campeão mundial.

Aquela foi a primeira e única Copa sediada no continente asiático e aconteceu na Coréia do Sul e Japão. Foi também a minha primeira Copa como torcedor e com os olhos vidrados na TV. Não vou mentir e dizer que me lembro do decorrer do jogo decisivo, mas minha memória passa por dois momentos cruciais: os gols e a comemoração final.

Lembro-me dos dois tentos marcados pelo Brasil, em especial do primeiro, em que Ronaldo pega o rebote de Oliver Kahn no chute de Rivaldo. Lembro de ter ficado chateado durante algum tempo por saber que o alemão havia vencido o prêmio de melhor jogador da Copa, mesmo antes de a final acontecer. Depois do apito do juiz, a festa foi enorme, muito por conta da decepção e sofrimento que 98 representou para os brasileiros e pela forma como a Seleção conseguiu a classificação para o Mundial na ultima rodada das Eliminatórias, vencendo a Venezuela.

No meio de toda a alegria daquele povo e depois de ser jogado para o alto diversas vezes, recordo-me de um pensamento que passou por minha cabeça: “É claro que ganhamos, Deus não permitiria que fôssemos derrotados”. Evidente que aquela altura eu não tinha base para crença religiosa de tipo algum, mas por mais absurdo que aquela afirmação possa soar, à época ela fez todo o sentido.

domingo, 14 de junho de 2015

Dois times diferentes: Palmeiras vence o Fluminense

Alviverde joga muito mal na primeira etapa, mas sufoca o Flu no segundo tempo e consegue a vitória. O que mudou no intervalo? Arrancada vem aí?


Foi no sufoco, mas o Palmeiras derrotou o Fluminense de virada no Allianz Parque pelo placar de 2 a 1. O público de mais de 26 mil pagantes pôde ver duas equipes diferentes vestindo a camisa verde: no primeiro tempo, um time que errou muitos passes e sofria com a velocidade dos garotos de Xerém Vinicius e Gérson, já na segunda etapa, um time que sufocou o Tricolor das Laranjeiras e poderia ter feito ainda mais gols.

Mas como se deu tamanha mudança na atuação da equipe entre um tempo e outro? Para começar, o fato de o Palmeiras jogar com um a mais desde a expulsão de Magno Alves, corretíssima já que o veterano agrediu o volante Gabriel, aos 15 minutos do segundo tempo, explica parte da retomada alviverde. Porém, o Palmeiras pressionava desde o primeiro minuto da segunda etapa e já poderia ter virado o placar. Para entender como o time se organizou no segundo tempo, é preciso analisar a (fata de) organização tática do primeiro.

Alberto Valentim, técnico interino, armou o alviverde inicialmente sem um jogador de referência no ataque e com isso, Dudu e Rafael se alternavam nas chegadas a área adversária. O problema óbvio neste caso é que Dudu não tem nenhuma características física ou técnica para fazer o papel de centroavante, enquanto Rafa, apesar do bom porte físico, insiste em jogar pelos lados do campo. A equipe mandante, portanto, tinha a maioria do tempo de posse de bola como lhe é comum, porém, não conseguia penetrar na defesa carioca.

Fluminense fechadinho num 4-5-1 e Palmeiras sem penetração na defesa

sábado, 13 de junho de 2015

O caderninho de Juan Carlos Osório

Uma análise tática e os méritos do colombiano na vitória do São Paulo frente a Chapecoense: Variações táticas e adaptação de jogadores a novas posições


O São Paulo venceu a Chapecoense por a 1 a 0 ontem na Arena Condá em Santa Catarina e chegou a liderança do Brasileirão. O único gol da partida foi do volante Souza, que arriscou chute de fora da área e acertou o ângulo do goleiro Danilo da Chape, um golaço! Porém, apesar do gol bonito, o segundo jogo de Osório no comando do Tricolor, teve pouca coisa de belo: um jogo truncado onde os maiores méritos são paulinos estiveram na disposição tática da equipe, que soube se adaptar durante o jogo.

Osório começou o jogo com duas formações táticas diferentes, uma para quando a equipe tinha a posse de bola e outra para quando estava se defendendo. Com o tricolor no campo de ataque, a equipe se armava numa variação do 4-3-3 (especificamente 4-1-2-2-1), sendo que a função de meia pela esquerda, que por vezes virava ponta, alternava entre Carlinhos e Michel Bastos. Curiosamente, os dois são laterais de origem, entretanto, Michel já atua como meia há algum tempo, desde que se destacou no futebol francês pelo Lyon, enquanto Carlinhos só começou a atuar nesta posição sob o comando do técnico colombiano.

Formação inicial de Osório com a posse de bola

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sánchez e Téo Gutiérrez? Ótimos! Mas com que dinheiro?

Corinthians busca dupla do River Plate que pode chegar após a Copa América. Entretanto, timão deve à construtora e tenta transformar ídolos em vilões


O Corinthians tem interesse na contratação de dois jogadores do River Plate: o atacante colombiano Téo Gutiérrez e o meia direita uruguaio Carlos Sánchez. A informação foi confirmada pelo presidente corinthiano Roberto de Andrade, que agora aguarda o fim da Copa América para tentar avançar nas negociações pela dupla. O que o dirigente do Timão não esclareceu é como o clube pretende pagar pelos jogadores, uma vez que deve direitos de imagem a todo o elenco, tem sua renda de bilheteria e cotas de televisão comprometidas e agora tenta se desvencilhar de seus maiores jogadores por causa de salários.

Téo e Sánchez tem 30 anos e estão no Chile para a disputa da Copa América com as seleções da Colômbia. O jogador tem ótimos números nesta temporada, com a marca de 19 gols e 4 assistências em 36 jogos pela camisa do River e está avaliado em R$ 10,5 milhões. Carlos Sánchez também tem 30 anos, mas números mais modestos, foram 11 gols e 7 assistências em 43 jogos nesta temporada e o uruguaio está avaliado em R$ 8,5 milhões. Além da Copa América, a dupla pode se valorizar ainda mais, já que o River está nas semifinais da Libertadores.

Téo Gutiérrez e Carlos Sánchez interessam ao Timão

Somados, os dois jogadores valem quase R$ 20 milhões e soa no mínimo estranho que sejam cogitados por um clube que passa por problemas financeiros tão graves. O Corinthians adiantou R$ 70 milhões de cotas de TV de 2015 no ano passado e fechou com a Odebrecht o pior acordo dentre todas as arenas construídas durante o período da Copa do Mundo: o Timão tem 15 anos para pagar pelo estádio, sendo 3 deles de carência e o valor já chega a mais de R$ 1 bilhão, aliado a isso, toda a renda de bilheteria arrecadada com o estádio vai diretamente para o fundo criado para a dívida.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O preço das vitórias e o público que não aprendeu a torcer

Dunga vence a 10º consecutiva e esconde problemas apontados após o 7 a 1. Nos amistosos, plateia permanece em silêncio, com curiosas exceções


A seleção brasileira venceu Honduras nesta quarta feira (10) por 1 a 0 com gol do meia atacante Roberto Firmino do Hoffenheim. A vitória, mesmo pelo placar mínimo, representou uma marca histórica para o técnico Dunga e seus comandados: 10 vitórias seguidas. O recorde evidentemente está longe de apagar o vexame dos 7 a 1, mas parece encobrir a ausência de mudanças exaustivamente pedidas ao final da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo, a paixão do povo pela amarelinha, parece ainda não ter se recuperado.

Roberto Firmino fez o único gol na vitória contra Honduras

Com triunfo frente os hondurenhos, Dunga ultrapassou a marca de João Saldanha, que chegou a 9 vitórias seguidas no final dos anos 60. O recorde e a sequência de resultados positivos, gera elogios ao time do atual treinador e parece diminuir a demanda por profundas alterações no futebol brasileiro. Categorias de base melhor estruturadas, êxodo de jogadores, formação de novos talentos e aprimoramento tático e técnico de jogadores e treinadores foram apenas algumas medidas exigidas e discutidas ao final do mundial e que agora passam a ficar de lado. É como se essas dez partidas tivessem transformado o futebol brasileiro e todos os problemas estivessem superados por um pseudo bom início de trabalho. Pseudo sim, pois o teste real para Dunga chegará agora, na Copa América que tem tudo para ser a melhor da história.

Nos dois últimos amistosos do Brasil, pudemos verificar atitudes interessantes nas arquibancadas. Melhor dizendo, cadeiras, nos novos Beira-Rio e Allianz Parque. Na partida em São Paulo, a torcida permaneceu em silêncio durante os 90 minutos, à exceção de três momentos: gols, escalação e gritos da torcida palmeirense. Ao serem anunciados os nomes no alto falante, um dos mais festejados foi David Luiz, que junto com Fernandinho, é o único remanescente da equipe titular no fatídico 7 a 1. As vaias só vieram para um jogador em especial: Fred. Acontece que os mais de 35 mil pagantes na Arena, não sabiam que o Fred anunciado, era o volante ex-Internacional e atualmente Shaktar Donetsk da Ucrânia, os espectadores imaginaram que se tratasse do atacante, que teve participação pífia na Copa do Mundo.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Os julgamentos de Dudu

Envolvido em polêmica com juiz no Paulistão, atacante tem caso no STJD adiado. Por outro lado, cobrança execessiva de parte da imprensa continua


Desde que chegou ao clube, Dudu sempre esteve envolvido em polêmicas, e recentemente sofre com dois julgamentos distintos. O primeiro deles, referente ao empurrão do atacante no árbitro Guilherme Ceretta de Lima na segunda partida da final contra o Santos, deveria ter sido realizado nesta segunda feira (9), mas foi adiado e não tem nova data definida. O segundo, trata-se de uma análise sobre seu futebol por parte da imprensa, que o considera superestimado, mas insiste em julgá-lo como craque, justamente pelos acontecimentos envolvidos em sua chegada. 

No começo da temporada, uma das especulações que agitaram o mercado brasileiro foi a saída de Dudu do Grêmio. O atacante foi disputado por Corinthians e São Paulo durante quase um mês e, em uma manhã de domingo, foi anunciado pelo Palmeiras. A contratação recebeu o rótulo de "chapéu" e foi exaltada por torcida e imprensa justamente pelo fato de o clube superar seus maiores rivais na negociação, algo que não ocorria há muito tempo.

Negociação de Dudu foi um chapéu nos rivais

O episódio teve direito a nota dos empresários de Dudu provocando o Corinthians e falando em uma "situação de apequenamento" do clube. Dudu já havia recusado uma proposta do São Paulo e o Palmeiras, que nem era mencionado na negociação, acabou ficando com o atleta pelo valor de 3 milhões de euros. A partir deste momento, a torcida alviverde, feliz com a nova chegada, passou a depositar grandes esperanças no camisa 7 palmeirense, enquanto que a imprensa o elevou a outro nível, o de craque, ao menos no julgamento de suas performances.

Dudu teve um bom início no Campeonato Paulista, marcando 3 gols e contribuindo com 4 assistências, porém, na fase decisiva, cometeu erros pela ótica de grande parte da torcida, custaram o título do Paulistão. No primeiro jogo da final contra o Santos, perdeu um pênalti quando a partida estava 1 a 0 e desperdiçou a chance de levar boa vantagem para a decisão na Vila Belmiro.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cuidado, é uma cilada!

Tite assumiu a equipe projetando o bi da Liberta, agora vê o elenco se desfazer. Oswaldo indicou jogadores, mas não consegue fazer o time render


Oswaldo de Oliveira e Tite dirigem dois dos maiores clubes do país, mas desde que assumiram o cargo, tem passado por situações bem diferentes. O corinthiano embarcou em uma cilada e agora sofre com os salários atrasados, problemas financeiros e uma crise técnica, porém, não tem seu cargo ameaçado pela diretoria. Já no caso do palmeirense, o momento financeiro é o melhor dos últimos 5 anos, Oswaldo pôde indicar seus jogadores de confiança e agora, com a falta de resultados, pode deixar o clube que está em situação delicada na tabela.

Quando o nome de Tite ainda era especulado, boa parte da imprensa manifestou sua opinião de que o treinador só poderia perder com sua volta, já que precisaria superar sua última passagem pelo clube, quando levou o time ao título do Mundial Interclubes. Entretanto, no começo da temporada, o Corinthians aparecia como um clube estável, financeiramente saudável e que brigaria pelo bi da Libertadores, o que fez Tite aceitar o desafio de comandar a equipe, sem saber dos problemas financeiros enfrentados pela diretoria e caindo na armadilha corinthiana.

Tite assumiu a equipe sem saber dos problemas financeiros

Mesmo com a dívida do estádio de Itaquera, a falta da renda da bilheteria e as cotas de tv adiantadas, o ano começou conforme o planejado para o Corinthians. O Timão atropelou o Once Caldas em casa por 4 a 0 e com um empate por 1 a 1 na Colômbia, avançou à fase de grupos da Libertadores. No estadual, o time fez a melhor campanha entre os grandes com 37 pontos ganhos e nas quartas de final contra a Ponte Preta, venceu por 1 a 0 com a Macaca tendo um gol legítimo anulado. As coisas começam a degringolar no clube na semi final do Paulistão, quando o timão foi eliminado pelo Palmeiras de Oswaldo de Oliveira nas penalidades, após empate em 2 a 2.

domingo, 7 de junho de 2015

O triunfo do melhor: Um título inevitável

O melhor ataque da história vence e o talento prevalece em uma final emocionante que cala críticos e dá voz a outros


A Juventus sabia bem o que tinha que fazer. Era necessário paciência enquanto o Barcelona tocava a bola de um lado para o outro, com quase 69% de posse de bola durante alguns momentos da partida e os bianconero precisavam de inteligência para aproveitar os 31% que lhe restavam e tentar criar chances de gol no contra-ataque.

No entanto, nem toda a tática do mundo pode deter o talento. Não que a Juve não o tenha, Tévez reencontrou seu futebol em Turin, Morata fez uma partida além da expectativa, Pogba e Vidal são dois dos maiores alvos do mercado europeu para esta janela, Bonucci se firma como um dos grandes zagueiros da Europa, Pirlo dispensa comentários e o elenco ainda tem muitas outras peças interessantes, mas o Barça, o Barça é quase imbatível.

Pirlo chora após a final em Berlim

Em apenas uma jogada que la vecchia signora falha dando algum espaço na marcação, por mínimo que seja, já é o bastante para Jordi Alba encontrar Iniesta na área e o craque colocar Rakitić em condições de inaugurar o placar. É difícil imaginarmos algum time ou seleção que possa encarar os culés de igual para igual, mas impossível pensar em uma equipe que os vença com tranquilidade. Nem mesmo a seleção da Alemanha, atual campeã do mundo, poderia "atropelar" o time de Luis Henrique, que depois de sofrer muito com as críticas no começo do ano, conseguiu unir sua equipe e fazê-los apresentar um grande futebol.

sábado, 6 de junho de 2015

Após cinco rodadas, azarões estão na liderança: cavalo paraguaio ou mostra de competência?

O que Atlético Paranaense e Ponte Preta tem em comum para estarem liderando o Campeonato o Brasileiro


Quando o Brasileirão começou, poucas pessoas diriam que Atlético Paranaense e Ponte Preta brigariam na parte de cima da tabela e nem o mais fanático torcedor poderia imaginar que os dois clubes liderariam o campeonato, no entanto, cinco rodadas se passaram e o cenário é exatamente esse. Se a surpresa é tão grande assim (e é mesmo!), como explicar o sucesso dos dois times até aqui?

O Furacão e a Macaca apresentam um futebol moderno e compacto, sem nenhuma grande revolução, mas que aplica durante a partida um conceito de jogo muito bem treinado e pré definido adaptando seus jogadores as características da formação tática. Comecemos pelo sistema ofensivo: ambas tem centroavantes sem tanta mobilidade, mas com liberdade para se movimentar e entrar na área, caso de Diego Oliveira e Cléo. 

Já no meio campo, dois pontas rápidos e dribladores, são importantíssimos para abrir a defesa adversária e puxar  os contra ataques. No Atlético, quem faz a função é a dupla Douglas Coutinho, centroavante de origem e Nikão, com dois gols e uma assistência no Brasileiro e que tem passagem pela Ponte Preta onde costumava atuar mais centralizado. Pelo meio, o papel de armação das jogadas fica a cargo de Walter, o gordinho já tem uma assistência na competição e apesar de ser outro centro avante de origem, atua próximo a Cléo e com boa visão de jogo, deixa os companheiros na cara do gol frequentemente.

Improvisação de Nikão e Douglas Coutinho vem dando certo no Atlético

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O Palmeiras não finaliza? Veja porque esta afirmação é incorreta

Uma análise dos números no campeonato para demonstrar que o problema da falta de gols é outro


36 mil pessoas no Allianz Parque, o Palmeiras vindo de uma vitória sobre o maior rival fora de casa e com um novo esquema de jogo adotado por Osvaldo de Oliveira, tudo isso para encarar o Internacional semi finalista da Libertadores, e pegar moral para a sequência do campeonato. Era o roteiro perfeito, mas não foi o que aconteceu.

O verdão novamente tropeçou em casa e ficou no empate com o colorado por 1 a 1. Nos momentos finais do jogo, quando a partida estava aberta para os dois lados, o alviverde chegou a criar duas chances, com Dudu e Cleiton Xavier, mas ambos optaram pelo passe na conclusão da jogada. As duas jogadas fizeram com que imprensa e torcida acreditassem que o time não finaliza a gol, seja por medo de errar ou por puro preciosismo.

Entretanto, ao analisar os números percebemos que este argumento está incorreto. A média de arremates no campeonato, segundo o site Footsats, é de 11,3 por partida, já a média palmeirense é de 14 chutes por jogo, o que mostra que não só a equipe finaliza, como o faz mais do que seus concorrentes.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A queda de Marcelo Oliveira e o reencontro de Luxa com o Flamengo

Os motivos que levaram à saída do treinador bicampeão brasileiro e a insistência no erro do atual técnico cruzeirense 


O Cruzeiro venceu o Flamengo por 1 a 0 na noite desta quarta feira no Mineirão. O jogo marcou o encontro de Vanderlei Luxemburgo com seu ex-time e a primeira partida da era pós-Marcelo Oliveira no clube celeste. Os treinadores eram outros, mas o futebol apresentado não mudou muito e os erros de gestões anteriores voltaram a parecer nos dois clubes.

Marcelo Oliveira, ainda quando técnico do Cruzeiro, insistia em tentar repetir a fórmula vitoriosa do bicampeonato brasileiro: Uma equipe armada no 4-2-3-1 e que contava com um meia cerebral para armar a equipe e dois outros meias posicionados pelos lados do campo. Entretanto, para a temporada 2015, Marcelo já não contava com seus dois principais armadores, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, vendidos na temporada passada.

Formação do Cruzeiro campeão brasileiro de 2014

domingo, 31 de maio de 2015

Porque o Palmeiras venceu o clássico e foi superior em Itaquera

Uma análise tática do "novo" esquema de Osvaldo de Oliveira, que encerrou um jejum de dez jogos sem vitórias sobre o rival 


O Palmeiras venceu o Corinthians por 2 a 0 na Arena de Itaquera, pelo Campeonato Brasileiro. Com autoridade e mais tranquilos em campo, os comandados de Osvaldo de Oliveira impuseram seu ritmo de jogo e findaram um jejum de dez jogos sem vencer o seu maior rival. O ultimo triunfo havia sido em agosto de 2011, em Presidente Prudente.

Durante a semana, o treinador palmeirense vinha sendo muito questionado sobra seu esquema tático: o 4-2-3-1. Na quinta feira, o treinador chegou a sugerir que o esquema seria mantido, uma vez que já "havia funcionado no Botafogo e Santos." No entanto, apesar da expectativa de diversos veículos que bancavam a volta de Rafael Marques à equipe como centro avante pela primeira vez no verdão, o treinador surpreendeu a todos. 

Não só manteve Rafael fora da posição que o camisa 19 assumidamente não gosta de atuar, como alterou o esquema tático da equipe para um 4-1-2-3.


Ao contrário da expectativa, a função de referência no ataque ficou à cargo de Valdivia que atuou como um falso 9.