quarta-feira, 29 de julho de 2015

Tricolores entendam, Diego Lugano não é mais o mesmo

Tricolores entendam, Diego Lugano não é mais o mesmo

Uruguaio assinou com o Cerro Porteño depois de se oferecer ao São Paulo. Aidar diz que Osório vetou a contratação. O colombiano estava errado?


O ano é 2003, Marcelo Portugal Gouveia, então presidente do São Paulo, vai contra as opiniões de conselheiros e comissão técnica e decide então trazer do Nacional um jovem zagueiro uruguaio de 23 anos de idade. Seu nome? Diego Lugano.

O começo do garoto não foi fácil no São Paulo, Oswaldo de Oliveira era o treinador da equipe e por ser contra sua contratação, não deixava que Lugano ficasse nem no banco de reservas durante as partidas. Entretanto, ainda em 2003, Oswaldo de Oliveira deixou o comando do time e o uruguaio passou a brigar por uma posição na equipe titular.

A alcunha de "homem do presidente", foi aos poucos desaparecendo graças a qualidade do jogador e em pouco tempo, com sua raça e entrega em campo, o camisa 5 conquistou a idolatria e o carinho da torcida além da preferência do treinador Emerson Leão para estar entre os onze iniciais. Em 2005, foi um dos líderes na conquista do campeonato Paulista, Libertadores e Mundial e colocou seu nome definitivamente entre os maiores ídolos da rica história são paulina.

Lugano foi campeão Mundial com o São Paulo. Vontade e raça em campo o tornaram ídolo


Por este breve histórico, fica óbvio os motivos de a torcida Tricolor clamar por sua volta desde sua saída para o Fenerbahçe em 2006. Tamanha entrega e vontade poucas vezes - se é que aconteceram - foram vistas novamente com a camisa do São Paulo. No entanto, é igualmente óbvio os motivos de o técnico Juan Carlos Osório barrar a sua contratação.

Nos últimos quatro anos, Lugano jogou um total de 43 partidas. O número pode não parecer tão alarmante, mas se pensarmos que o Tricolor faz uma média de 60 jogos por temporada, enquanto o zagueiro atua em apenas 11, podemos verificar o quão decadente está a carreira do uruguaio. Isso sem falar que no último ano, Lugano atuou no Häcken da fraquíssima Liga Sueca. Somado a isso, está o fato de o ídolo Tricolor sempre ter se destacado pela imposição física em seu jogo, algo que agora, aos 34 anos, já não é mais possível.

Uruguaio passou a última temporada no Häcken da Liga Sueca 

Claro que a liderança do ex capitão da Celeste poderia ser importante para um grupo tão apático como é o atual elenco são paulino, mas o clamor das arquibancadas não se baseia nisso e sim na vontade de ter novamente um jogador querido em campo que não seja Rogério Ceni, um ídolo, um torcedor dentro das quatro linhas.

Apesar disso, é preciso ressaltar que o colombiano Osório, apesar de certamente ter sido informado, não tem noção de quão grande é o carinho e a idolatria do são paulino com o jogador. Por fim, vale ressaltar a lamentável declaração do presidente Carlos Miguel Aidar, afirmando e escancarando para a imprensa que o veto da contratação veio diretamente de Osório, colocando a torcida diretamente contra seu treinador. Afinal, se Aidar queria tanto a sua contratação, bastaria que Lugano voltasse a ser "o homem do presidente".